Fisiologista conta como dores podem ser evitadas.
Apesar do treinamento, é impossível prever quando algumas dores podem surgir durante uma competição. Por isso, o fisiologista do exercício e professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Paulo Roberto Correia, dá algumas dicas de como evitar passar por esse sofrimento.
Conheça os principais desconfortos que surpreendes os esportistas!
Desconforto Abdominal
Problema: O desconforto intestinal é dos principais problemas que afligem os corredores; aliás muitos atletas de alto rendimento já ganharam muitos minutos no relógio por conta das dores. Em qualquer esporte de competição, não tem jeito de mandar a dor embora sem dar uma passadinha no banheiro.
Porém, é necessário primeiramente averiguar o motivo das dores. “Existe a chance do desconforto ocorrer por excesso de esforço ou por nervosismo. No primeiro caso, basta parar por alguns minutos para a dor ceder, já no segundo caso a solução é uma só: encontrar um banheiro”, explica Paulo Roberto.
Algumas pessoas também sentem vontade de fazer xixi antes da competição, pois ingerem uma grande quantidade de água minutos antes, mas isso é um erro. “A vontade de fazer xixi durante o exercício não é comum, pois o rim envia um hormônio antidiurético no organismo, fazendo essa sensação ir embora. Ela só ocorre quando a pessoa não se hidratou dias antes”, completa o profissional.
Solução: Manter a hidratação e trabalhar a respiração para espantar o nervosismo é essencial para uma boa prova.”Evitar alimentos laxantes, como mamão, iogurte e fibras, poucas horas antes da competição ajuda a evitar que a dor de barriga apareça”, conta o fisiologista.
Dores de cabeça
Problema: Fique atento! Sentir dores de cabeça antes ou durante a competição é um sinal de que alguma coisa do corpo não está trabalhando da maneira correta. “Dores de cabeça também podem caracterizar uma hipertensão ou aneurisma, fazendo com que o atleta coloque sua vida em risco ao tentar competir em qualquer modalidade”, conta o fisiologista.
Solução: O melhor é abandonar a prova, afinal, mesmo se não houver problemas sérios de saúde, o rendimento não será total.
Assaduras
Problema – O atrito gerado pelo roçar de pernas pode causar desde um pequeno desconforto até lesões na pele. “As assaduras são comuns, principalmente em pessoas que treinam regularmente, que acabam tendo um aumento da musculatura na região. Essas lesões ardem demais, principalmente se forem feitas em provas que ocorrem no nível do mar, pois a maresia agrava a situação”, diz Paulo Roberto.
O uso de desodorantes anti-transpirantes também provocam lesões nas axilas. “O corpo precisa transpirar e o local é uma via para expelir o suor. Na transpiração, a pessoa perde sal nas axilas, que estão secas”, completa o médico.
Solução – Primeiramente, é necessário tentar prevenir que as assaduras ocorram com o uso de bermudas com corte entre pernas e aplicando hidratante nas axilas antes de praticar exercícios. “Se mesmo assim a lesão ocorrer, a pessoa deve aplicar cremes antiassaduras no local e utilizar faixa ou plástico para evitar que a pele continue atritando”, sugere.
Mamas
Problema: Mamilos são regiões sensíveis, que sofrem muito com o “sobe e desce” de camisetas masculinas largas, com desenho em relevo ou engomadas. “O sangramento é comum e muito doloroso”, comenta Dr. Paulo.
Nas mulheres, o desconforto ocorre quando a pessoa tem seios grandes, que nem sempre coordenam com o ritmo da corrida. “Dependendo do tamanho das mamas e da passada da corredora, a sensação pode ser muito dolorosa”, conta o fisiologista.
Solução: No caso dos homens, se o atleta não tem outra camiseta ou gosta de correr com a peça bem larga, o uso de band-aid ou esparadrapo no local pode ajudar a amenizar os danos. “Na hora de treinar, escolha camisetas de tecidos leves”, sugere.
Já o público feminino precisa manter os seios no lugar com a ajuda de um top bem justo ou até sobrepor uma peça na outra para dar sustentação.
Boca seca
Problema – Sentir a boca seca depois de ter se abastecido no posto de hidratação não é algo comum, mas pode acontecer. “Isso pode ocorrer por três motivos: nervosismo, respiração feita somente pela boca ou ar extremamente seco”, enumera Paulo Roberto.
O médico também alerta: conversar durante a prova também provoca a sensação. “É melhor deixar para conversar depois, caso contrário a pessoa pagará caro pelo diálogo”, brinca.
Solução: Colocar um pano úmido contra a boca ou levar uma garrafinha de água pequena pode ajudar nesse caso. “O desconforto diminui, mas irá voltar”, alerta o fisiologista.
Cabelo solto
Problema: Antes da largada, os cabelos compridos podem até ajudar a manter a nuca protegida, mas depois que o corpo aquece a sensação de conforto vai embora. “Cabelos compridos não combina com corredores, a menos que estejam presos”, reflete o fisiologista.
Além disso, alguns fios podem se soltar e acabar no rosto de outros colegas competidores, atrapalhando o rendimento.
Solução – A solução é simples: sempre levar um prendedor de cabelo para as competições. O uso de grampos e sprays fixadores também pode ajudar a manter as madeixas no lugar.
Dores no diafragma
Problema: Mais conhecida como “dor do lado”, a sensação ocorre quando a respiração não está sendo feita adequadamente ou os competidores praticam a atividade física enquanto conversam. “Para conversar, é preciso fazer com que o corpo entre em um estado de apneia, já que a pessoa tem que respirar, prender o ar e ir soltando aos poucos enquanto fala. A dor ocorre porque a pessoa estressa o diafragma, que no momento precisa contrair e relaxar”, explica o médico.
Solução: A melhor forma de diminuir a sensação ruim é deixar a conversa para outro momento e parar por alguns minutos. “Fazer o exercício de soltar todo o ar que está nos pulmões e ficar com ele vazio por três segundos diminui as dores, pois a repetição dessa respiração irá alongar a musculatura do diafragma”, diz.
Cãibras
Problema: As cãibras são reações musculares que assombram desde amadores até competidores de elite, e podem ocorrer a qualquer momento. De acordo com Paulo Roberto, o espasmo ocorre quando o treinamento está exarcebado ou a recuperação muscular é ruim.
O médico também conta que as cãibras também podem ocorrer quando o atleta decide fazer mudanças no meio da atividade física. “Manobras novas sempre são má ideia. Outro fato que pode acontecer é o competidor tentar acompanhar o ritmo de atletas de elite”, diz.
Solução: Para vencer a dor, é necessário parar e alongar. Caso o esportista decida voltar a forçar a musculatura, a cãibra vai voltar. “Persistir na atividade pode causar uma lesão séria, pois a musculatura encurta e pode rasgar. Depois de sentir as dores o rendimento não será o mesmo, então a melhor solução é parar”, conclui.
Matéria publicada em portal Webrun
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