As lesões na corrida acontecem em sua maioria de forma não traumática. Não há uma pancada, uma entorse ou qualquer outro evento que cause e marque o início exato da lesão. Tudo começa com uma dor leve, que não atrapalha muito, mas que com o passar do tempo e dos quilômetros acaba se tornando um limitante para a corrida.
Competitivo, esse tipo de atleta fica mais inclinado a continuar correndo mesmo sentindo desconforto, corredor Tipo A fica mais inclinado a continuar correndo mesmo com sensação de dor
As lesões na corrida acontecem em sua maioria de forma não traumática. Não há uma pancada, uma entorse ou qualquer outro evento que cause e marque o início exato da lesão. Tudo começa com uma dor leve, que não atrapalha muito, mas que com o passar do tempo e dos quilômetros acaba se tornando um limitante para a corrida.
Você é capaz de perceber que essa dor leve pode ser o início de uma lesão? Se você for um corredor com comportamento Tipo A provavelmente não.
Pessoas com comportamento dito Tipo A são extremamente competitivas e tem diminuição da percepção do estado de esforço e supressão de sensações de cansaço e fadiga. Aparentemente corredores com esse tipo de comportamento têm maior risco de lesões recorrentes do que corredores com um menor grau de comportamento Tipo A.
Um corredor com comportamento Tipo A mais pronunciado fica mais inclinado a continuar correndo mesmo com sensação de desconforto ou dor. Enquanto um corredor com comportamento Tipo A mais ameno interromperia as corridas por um tempo devido a esses sintomas. O Tipo A ignora os primeiros sinais de uma lesão, o que acaba agravando-a.
“Dor é um sinal de alerta. Preste atenção nela. Se no próximo treino ela aparecer de novo, preste mais atenção ainda.”
Eu não sou nenhuma especialista em psicologia e trouxe esse conceito de comportamento somente para gerar uma reflexão entre profissionais da saúde e corredores.
As pesquisas científicas vêm apontando que um comportamento extremamente competitivo está relacionado ao aumento do risco de lesões, mesmo entre amadores. Por isso é muito importante a atenção multiprofissional com corredores que tenham essas características e apresentem lesões repetidamente .
Simplesmente informar o corredor a respeito do risco que ele sofre parece não ser suficiente. É preciso dar uma combinação de informações sobre como detectar os primeiros sinais de uma lesão e orientar, detalhadamente, o que fazer quando os sentir, incluindo dar alternativas de atividade física que não sejam a corrida para um período de recuperação.
Minha sugestão para detectar uma lesão logo no início é abandonar o pensamento de que dor é normal. Cansaço muscular é normal, fadiga após um treino pesado é normal, mas dor, em nenhuma intensidade, deve ser ignorada. Dor é um sinal de alerta. Preste atenção nela. Se no próximo treino ela aparecer de novo, preste mais atenção ainda. Se ela passar, ótimo. Mas se continuar, mesmo que você a considere pequena, diminua o ritmo de treinamentos e procure a opinião de um especialista.
RAQUEL CASTANHARO – Fisioterapeuta formada e mestra em biomecânica da corrida na USP. Realizou pesquisa em biomecânica da coluna na Universidade de Waterloo, Canadá. Trabalha com fisioterapia e avaliação biomecânica em São Paulo e Jundiaí. www.raquelcastanharo.com.br
Matéria publicada no site Globo Esporte
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