Tecido acrobático movimenta todo o corpo e é capaz de fortalecer os músculos das costas, dos braços, do ombro, do trapézio e principalmente do abdômen.
“O tecido é uma modalidade que exige do corpo inteiro. Trabalha da ponta do pé até a cabeça. Então, acaba fortalecendo os músculos das costas, dos braços, do ombro, do trapézio e principalmente do abdômen, pois todo tipo de acrobacia aérea exige muito dessa musculatura. E o bom é que fazemos isso de uma forma leve e divertida”, contou Maria Luiza Vieira, professora da Cia de Acrobacia Aérea Penduricalho. A acrobata, que realiza as aulas no Clube Alemão de Pernambuco, no Parnamirim, enfatizou a importância do aquecimento antes de subir no aparelho, para evitar qualquer tipo de lesão e não cansar quando estiver lá em cima, no meio de um movimento.
Para o personal trainer Morgan Andreony, especialista em treino funcional, o tecido acrobático é capaz de desenvolver a musculatura do corpo, mas de maneira mais lenta em relação aos exercícios praticados na academia. E explicou que esse tipo de atividade é mais eficaz para o fortalecimento físico e ganho de resistência.
Ao contrário do que se imagina, não existe um padrão físico específico para realizar a modalidade. O tecido acrobático é bastante democrático e pode ser executado por quem é baixo, alto, magro ou mesmo se estiver acima do peso, além de ser acessível para todas as faixas etárias. Segundo a professora de acrobacia aérea, em uma das turmas da Penduricalho existe, inclusive, uma aluna que pratica junto com o filho de apenas 12 anos. “A nossa aluna Fernanda Capibaribe vinha com o filho (Chico) e ele ficava observando os movimentos e sempre pedindo para subir no tecido. Até que um dia ela resolveu colocá-lo para praticar e, hoje, ele também é um de nossos alunos”, revelou Maria Luiza.
Além de proporcionar um bem-estar físico, o tecido acrobático contribui com a parte psicológica dos praticantes, ajudando os alunos a desenvolverem uma maior concentração e funcionando praticamente como uma atividade terapêutica. A publicitária Luísa Adrião confessou que sempre foi um pouco desligada e que tinha dificuldade para prestar atenção nas coisas, mas depois que passou a fazer aulas de acrobacias aéreas com o tecido percebeu que sua concentração no dia-dia melhorou bastante, contribuindo em sua qualidade de vida.
Já a gaúcha Sabrina Machry, de 30 anos, contou que a modalidade foi essencial em sua vida. Assim que se mudou para o Recife, ela ainda estava se adaptando ao novo emprego e também tinha passado por um trauma de assalto quando chegou na cidade. “Eu estava numa situação bem aflita. E percebi que a cada aula, os movimentos realizados no tecido refletiam muito no meu psicológico, a ter confiança para superar as dificuldades dos exercícios, a me concentrar para ultrapassar os meus limites, e isso ajudou muito no meu emocional, refletindo no jeito que eu encarava as coisas da vida”, revelou a arquiteta urbanista.
Matéria publicada no site Jornal do Commercio
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