segunda-feira, 6 de junho de 2016

Terapia por ondas de choque é opção menos invasiva no tratamento de lesão



A utilização desta alternativa na medicina esportiva se popularizou por beneficiar os atletas que não melhoraram com reabilitação tradicional.

Grande parte das lesões ocasionadas nos esportes são geradas por microtraumas de repetição e enquadram-se na categoria denominada “lesões por overuse”. Quando o indivíduo treina, existe sempre certo grau de destruição tecidual que, logo em seguida, durante o período regenerativo, é compensado por produção de matriz extracelular. Em outras palavras, durante o repouso, o organismo refaz os tecidos de maneira que se tornem mais fortes, preparando o corpo para o esporte que o atleta prática.

Para que este ciclo de destruição/reconstrução seja convertido em ganho de performance, deve haver um equilíbrio, o chamado em medicina esportiva de supercompensação. Porém, quando existe desequilíbrio, a destruição é maior e aumenta o risco de lesões. Sabe-se alguns tecidos do aparelho locomotor apresentam certa dificuldade de cicatrização, gerando lesões muitas vezes avasculares (com pouca circulação) e, portanto, com pouca resposta ao uso de anti-inflamatórios e recursos da fisioterapia.

Historicamente, existiu sempre um esforço muito grande da ciência em cicatrizar estas lesões para acelerar o retorno do indivíduo ao esporte. Podem ser usados procedimentos invasivos, como a tradicional infiltração com corticoides, e procedimentos cirúrgicos, alguns com excelentes resultados, outros discutidos pela literatura.

A partir da década de 90, o avanço tecnológico representado pelo tratamento por ondas de choque chegou à ortopedia. A ideia é estimular o processo de cura biológica em tendões, tecidos circunvizinhos e ossos. Apesar dos resultados extremamente favoráveis para a cura das lesões, existem controvérsias quanto ao mecanismo exato de seu funcionamento.

Há duas teorias básicas que explicam seu efeito benéfico no sistema musculoesquelético. Uma baseia-se em microlesões que as ondas provocam no tecido-alvo sem danificar os tecidos adjacentes. Estas microlesões seriam o estímulo inicial para o processo de reparação. A segunda teoria baseia-se na produção de óxido nítrico na área atingida pelas ondas de choque. Este óxido nítrico desencadeia uma reação enzimática que estimula o crescimento vascular na área atingida.
Na última década, sua utilização na medicina esportiva se popularizou por beneficiar os atletas que não melhoraram pela reabilitação tradicional, mas não querem se submeter a procedimentos invasivos ou possuem contra- indicação.

No Brasil, procedimento possui registro na ANVISA e tem indicação para fasceíte plantar com ou sem esporão, pseudoartrose (fraturas não consolidadas) ou retardo da consolidação, calcificações periarticulares dos ombros (tendinite calcária e epicondilite lateral e epicondilite medial umeral (cotovelo de tenista e golfista). As contraindicações incluem anormalidades na coagulação sanguínea (coagulopatias), gravidez, infecção aguda de tecido mole ou osso, arritmias cardíacas ou uso de marca-passo e epilepsia.

Os estudos publicados na última década apontam um índice de eficácia de 70% a 85% dos casos, incluindo alguns atletas que tiveram indicação prévia de tratamento cirúrgico. A terapia de ondas de choque, além de auxiliar na cura destas lesões crônicas por overuse, trouxe à comunidade cientifica mais conhecimento dos mecanismos biológicos de reparo tecidual e, sem dúvida, será sempre alvo de pesquisas.

Matéria publicada no site do Globo Esporte.

TAO PILATES INSTITUTO DE MEDICINA DO ESPORTE - TAO CURSOS
DR. JOEL STEINMAN - CRM 6447 - DIRETOR TÉCNICO

CURSOS TAO PILATES BLUMENAU
CURSOS TAO PILATES BRASÍLIA
CURSOS TAO PILATES CHAPECÓ
CURSOS TAO PILATES CURITIBA
CURSOS TAO PILATES FLORIANÓPOLIS
CURSOS TAO PILATES FOZ DO IGUAÇU
CURSOS TAO PILATES JOINVILLE
CURSOS TAO PILATES MARINGÁ
CURSOS TAO PILATES PORTO ALEGRE
CURSOS TAO PILATES SANTOS
CURSOS TAO PILATES SÃO PAULO
CURSOS TAO PILATES VITÓRIA

Nenhum comentário:

Postar um comentário