segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Onda gigante que pode ter superado a marca de 100 pés deixa Burle nas nuvens


Surfista ainda comemora a façanha que obteve em Portugal, que pode ser o novo recorde mundial.

O mito da onda de cem pés, uma espécie de limite imaginário entre o que é possível e o que é impossível para os surfistas ao redor do mundo, parece ter ido por água abaixo. O brasileiro Carlos Burle pode ter encontrado na Praia do Norte, em Nazaré (Portugal), uma montanha de água maior do que os 30,48 metros – valor equivalente a cem pés – e superado o atual recorde mundial, de 24 metros, que pertence ao norte-americano Garrett McNamara. “Foi a maior onda da minha vida”, diz o pernambucano, que desembarcará no Brasil nesta quinta-feira.

Ele evita a todo custo dar uma medida para a sua façanha, mas especialistas já começam a apontar que a onda surfada na última segunda-feira, pouco depois do acidente sofrido por Maya Gabeira no mesmo local, tinha de 30 a 36 metros de altura. “O que eu vi foi verídico”, afirma Burle. “Todas as pessoas falaram que eu tinha surfado a maior onda e as imagens estão aí, as evidências estão aí. Mas não quero nem pensar nisso, quero curtir o momento”, completa o surfista de 45 anos.

Segundo Burle, o mais importante foi estar no lugar certo na hora certa, em um dia em que o mar estava realmente grande. O local, no litoral de Portugal, proporciona condições únicas porque fica no fim de um imenso cânion submarino. Assim, a onda chega com uma velocidade grande à costa, mas, quando encontra um terreno mais elevado, a cerca de 500 metros da praia, ela desacelera e cresce de tamanho. “Encontramos uma condição de ondulação grande, com vento bom.”

Antes de pegar o que pode ter sido a onda de sua vida, Burle participou do resgate de Maya Gabeira, que, ao lado de Pedro Scooby e Felipe “Gordo” Cesarano, faz parte do time da Red Bull que foi até Portugal em busca das grandes ondas. Quando Maya caiu da onda com um tornozelo quebrado, Burle tentou puxá-la com o jet ski e, vendo que a moça não respirava mais, largou o equipamento e saltou na água para salvá-la pelos braços. “Foi muito bom poder sair daquela situação complicada”, comenta.

Depois de encaminhar Maya para um hospital e se certificar de que ela estava bem, o surfista queria voltar ao mar, o mesmo que quase tirou a vida da amiga e pupila. “O fato de ela ter sido atendida prontamente e ter ido para um hospital de primeiro mundo me tranquilizou”, conta o surfista. “Eu também quis voltar porque estava com outros, nós somos um time, e queria ver se eles estavam bem. Claro que queria pegar uma onda, pois sabia que aquele era um dia histórico. E foi justamente a última do dia. Fiz para mostrar que nós temos de viver as emoções, mas elas não podem dominar a gente.”

O tamanho da onda é definido pela análise das imagens em computador por especialistas, mas leva um tempo até se chegar ao veredito final. A estimativa é que só no próximo ano saia uma decisão. De qualquer forma, Burle sabe muito bem que o julgamento de uma onda é algo subjetivo, mas em sua cabeça ele tem a ideia exata da quantidade de água que estava vindo com força para tentar tirá-lo da prancha. “Posso não ter batido o recorde, mas estou feliz.”

Matéria publicada no site O Estado de S.Paulo.

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