Pesquisador Marcelo Costa fala sobre as novas descobertas tecnológicas da ciência que ajudam no desempenho dos treinos
A fadiga muscular e a tolerância ao exercício têm sido discutidas por décadas. Classicamente, a causa desses dois fenômenos têm sido atribuída a fatores periféricos, especialmente os que dizem respeito a alterações bioquímicas e estruturais, ocorrendo dentro do músculo estriado esquelético, ou pelo limite de capacidade de suprimento de oxigênio e nutrientes pelos sistemas, cardiovascular e respiratório. No entanto, existem discussões acerca de o sistema nervoso central desempenhar algum papel no desenvolvimento da fadiga e no aumento da percepção subjetiva de esforço e, consequentemente, determinando o tempo de tolerância ao exercício. Assim, tem sido sugerido que o exercício não é apenas iniciado pelo cérebro, mas também sua duração é determinada pelo cérebro.
Grande parte desta discussão (ou confusão) foi gerada, a partir dos estudos iniciais sobre fadiga que eram realizados em amostras de músculo retirada de algum animal. Obviamente se você retira um músculo para estudar, as únicas conclusões possíveis são dos fenômenos ocorrendo dentro daquela amostra de material, pois o controle central sobre o músculo foi retirado.
Porém o desenvolvimento de novas tecnologias para estudar o sistema nervoso central estão permitindo entender melhor o papel do cérebro no desempenho esportivo. Dentre essas tecnologias se destaca a estimulação transcraniana por corrente contínua, pois é uma técnica não invasiva e o estimulador é facilmente construído. Nessa técnica uma corrente elétrica bem fraquinha (~2mA) é aplicada no couro cabeludo. Essa corrente é capaz de modular a atividade do córtex logo abaixo do eletrodo.
Estudos vêm demonstrando que a aplicação de corrente anódica (estimulatória) sobre o córtex motor é capaz de aumentar a tolerância ao exercício e até reduzir a percepção subjetiva de esforço, consequentemente melhorando o desempenho. Também tem sido demonstrado que a estimulação pode aumentar a força em pessoas que tem alguma lesão cerebral decorrente de AVE. Esses achados demonstram que para aumentar o desempenho não basta apenas olhar para os fatores periféricos, por exemplo suplementação de carboidrato para prevenir a depleção de glicogênio, mas também pensar em estratégias que alterem o comportamento do sistema nervoso central, tais como a estimulação transcraniana por corrente contínua, ouvir uma música que te motive, assistir um vídeo motivacional e fazer treinamento imaginado. E por aí vai.
Fonte: Marcelo Vitor da Costa é Mestre e Doutorando em Educação Física pela UEL. Treinador e co-fundador da Crossfit Londrina, além de Expert do Portal da Educação Física.
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